Pont-Aven e o Impressionismo

Camponesas Bretãs
de Van Gogh
Moinho de água em Pont-Aven
Paul Gauguin
Paisagem em Pont-Aven
Paul Gauguin
A dança das raparigas bretãs
Paul Gauguin












Talvez tão agradável como admirar uma obra de arte é compreender a razão que levou o artista a pintá-la.

Quando se visita Pont-Aven, na Bretanha, ficamos a compreender a cor, a luz, a sombra e os motivos que levaram Paul Gauguin e outros seus contemporâneos a instalar-se nessa aldeia piscatória. Basta olhar para o céu, para o rio e para as árvores para sentirmos uma força luminosa que agrada a qualquer pintor. Faltam os trajes bretãos desses tempos mas, se os imaginarmos, a imagem geral é muito forte. E numa vila onde actualmente mais de 75% das suas lojas são galerias de arte, ficamos gratos por existir um tão vasto museu urbano, com bons artistas e em constante concorrência qualitativa pois, ali só subsistem os bons.

Em meados do século XIX a meta dos pintores era sempre a defesa da vida moderna. A vida moderna cortava com o bolorento classicismo e legado académico do passado. Mas o capitalismo, já naquela época, note-se bem, começava a causar preocupações. Havia uma crescente aversão pelo modernismo e pelos aspectos menos humanos de toda a evolução industrial que beneficiava as máquinas e seus acessórios em detrimento da intervenção do homem. Assim, aquele sonho de um futuro mais feliz era fomentado pela procura de outros paraísos perdidos. Foi assim que surgiu a ideia de procurar esses paraísos em regiões onde se vivia com menos avanço tecnológico e em condições sociais mais simples.

Neste sentido, Paul Gauguin, logo após a VIII Exposição Impressionista em Paris, mudou-se para Pont-Aven onde pintou as paisagens e o povo bretão.

Também Claude Monet foi, na mesma altura, para uma povoação costeira, Kervilahouen onde pintou os belos rochedos e detalhes costeiros daquelas paisagens litorais da Bretanha.

Outro pintor que brilhou em Pont-Aven foi Paul Sérusier. Ficou célebre um óleo sobre madeira, O Talismã, que representa o rio Aven no Bois d'Amour, que pintou em 1888 e podemos apreciar no Museu de Orsay.
O Talismã
de Paul Sérusier

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